Achei que esse texto de Rui Barbosa é bem propício para o momento ou para situação que se vivencia no nosso município.
Posto o texto justamente para que juntos reflitamos sobre a situação do nosso município. Por toda cidade, observamos a descrença da população na política e como a corrupção afetou a credibilidade da classe política local.
O que precisamos é acreditar nessa nova geração que já mostrou que não tem medo de lutar contra os poderosos, disposta a fazer com que as regras da gestão publica sejam cumpridas e principalmente, que população seja respeitada e isso só pode ser atingido com serviços públicos de qualidade, com imparcialidade e eficácia...nunca com a corrupção que tomou conta do município.
Mas também precisamos ficar de olhos bem abertos com os politiqueiros, aqueles que só sabem legislar em causa própria, que só se preocupam com as vantagens futuras...esse é o tipo de gente que a população precisa excluir do meio político.
A Politicalha também é culpa do povo que troca seu voto por um caminhão de terra, pela ajuda para aposentar o pai ou mãe, pela viagem de fim de semana, pela pintura na pracinha, pelo jogo de camisa para o time, pelo cimento e tijolo para fazer o puxadinho, pelo trocadinho, empreguitos, por todas essas coisinhas que para a máquina pública não representam nenhum esforço...Ao invés de pensar no crescimento, na capacidade de transformar o município, no fortalecimento da economia local, nas melhorias na Saúde e Educação, no projeto viável, na valorização do seu munícipe...e segue trocando seu voto por ninharias, por promessas vazias.
Quem é mais corrupto, o político que "compra" votos ou o cidadão que vende?
E depois vai reclamar de quem ? Para quem?
Da mesma forma acontece com o Poder Legislativo, Alguns vereadores estão na câmara de enfeite, não tem atuação, só servem aos propósitos próprios e do poder executivo...estão ali apenas para nos dar prejuízo. Ou seja, se não existissem nem notaríamos a falta deles. Apenas um gasto extra...E o “Zé povinho” continua reelegendo esses “Zeros a esquerda”, depois não pode reclamar que seu representante seja um vendido, que viva com as mãos estiradas vendendo o apoio a quem pagar mais.
O Político é o reflexo do povo que o elegeu.
"A política afina o espírito humano, educa os povos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia, cria, apura, eleva o merecimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, entre nós se deu a alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há dúvida de que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado? Politiquice? Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo queima como ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucidativa.
Política e Politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis.
A politicalha é a indústria de explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou um conjunto de funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si. A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada."
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