O presidente da UNE, Daniel Ilescu, ressaltou a importância do plano para os próximos 10 anos e diz que “não pode ser uma carta de intenções, e sim, um instrumento concreto que oriente não só a educação, mas o projeto de desenvolvimento do nosso país”. O presidente da CNTE, Roberto Leão, acrescentou que "a presença das entidades é uma desmonstração que todas assumiram definitivamente a bandeira dos 10% do PIB para educação. Acredito que o grande elemento mobilizador tenham sido as greves ocorridas nesse ano".
A marcha também teve apoio internacional. Os dirigentes dos sindicatos dos professores do Chile e da Argentina estiveram presentes e defenderam um ensino mais desenvolvido e justo, além de uma maior integração no setor entre os países da América Latina. A vice-presidente da Internacional da Educação, Juçara Dutra, destaca o PNE como peça fundamental na melhoria da educação. “Acreditamos que este é um indicador de que o Brasil merece ter uma educação pública de qualidade, inclusiva, com acesso qualificado ao mundo do trabalho”.
Um grupo de alunos de uma escola pública fundamental de Campo Formoso, na Bahia, veio de longe para mostrar que as crianças também estão preocupadas com a situação das escolas e a formação dos professores. Eles apresentaram uma esquete teatral criticando a qualidade da educação no país e cantaram pela melhoria no ensino. “A nossa luta movimenta o cidadão para ajudar nossas crianças que crescem com educação”, dizia a paródia.
Cerca de 140 mil cartões de apoio assinados por brasileiros de todo o país foram entregues ao relator do PNE. Parte desses cartões foi distribuída ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Durante a audiência, a CNTE reiterou o pedido de encerramento das convesas em separado com as entidades e instalar imediatamente a mesa de negociação sobre a implantação da lei do piso salarial, com o que o Ministro concordou.
O presidente da CNTE, Roberto Leão, afirma que este não será o fim da luta pelo aumento do PIB para a educação e sim o “início de um processo de mobilização para o ano que vem, porque nós precisamos resolver outro ponto fundamental que é a questão definitiva do piso salarial”.
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