(Enviado: 06/07/11) A Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu, na manhã de hoje (6), cerca de 10 mil manifestantes na Praça da Sé , no ato do “Dia Nacional de Mobilização”
A manifestação foi também em defesa de ganhos reais de salários e por mais atenção dos governos e do setor privado para a agenda dos trabalhadores. Os manifestantes saíram da praça por volta das 11h30 e caminharam em passeata até a Praça do Patriarca, na região central de São Paulo.
Além de sindicalistas da CUT, participaram também militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), da Central dos Movimentos Populares (CMP) e da Marcha Mundial de Mulheres.
Presentes ao ato, os deputados estaduais Luiz Cláudio Marcolino, Carlos Grana, Edinho Araújo, Simão Pedro e Adriano Diogo, todos da bancada do Partido dos Trabalhadores, denunciaram as armações feitas pelos tucanos para barrar a instalação da CPI. Representando a bancada federal do PT, o deputado Vicente Paulo da Silva, Vicentinho, reiterou o compromisso com o combate à precarização das relações de trabalho e denunciou o projeto de terceirização do deputado Sandro Mabel que, "embora da base governista, tenta promover as terceirizações para retirar direitos".
Para Maria Fernanda, da Marcha Mundial das Mulheres, o movimento participa do Dia Nacional de Mobilização da CUT, pois a pauta da classe trabalhadora também faz parte da luta das mulherespor melhores condições de vida.Os movimentos sociais unidos é que farão a diferença, enfatizou.
Raimundo Bonfim, representante da Central dos Movimentos Populares (CMP), ressaltou as lutas que os movimentos sociais desenvolveram nas décadas de 80 e 90 contra o modelo neoliberal implantado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.
"Nós já estivemos juntos no passado, MST, Marcha, CUT e CMP para barrar o neoliberalismo, o FMI, o FHC, a Alca. Nós temos lado nessa luta. Enquanto as outras centrais não se definem, estamos com a CUT, que tem uma ligação histórica conosco". "Aqui é o começo de uma grande rearticulação que levar as pautas dos trabalhadores adiante", acrescentou.
Estrutura sindical
Presidente da CUT/SP, Adi dos Santos Lima, reconheceu a determinação e o compromisso das mais de cem entidades sindicais responsáveis pelo sucesso da mobilização realizada pela Central no Estado, que reforça a pauta nacional dos trabalhadores/as. Ele lembrou que para que a agenda seja efetivada, é preciso pressionar o Congresso Nacional.
"Não adianta apenas irmos para Brasília, precisamos também estar na base diretamente com os trabalhadores e trabalhadoras. Já vimos que sem pressão nossa luta não avançará no Congresso. Mas a CUT é diferente e se organiza na rua, por isso não descansaremos enquanto a nossa agenda não for cumprida".
Adi defendeu o fim do imposto sindical, com uma mudança na estrutura sindical e com o direito de organização no local de trabalho, sem a pulverização dos sindicatos, como ocorre. "Hoje temos mais de 18 mil sindicatos, mas muitos estão aí só para receber o imposto sindical, pois não são representativos e não fazem a luta do trabalhador".
Edição Sinap c/inf. Ag.Brasil e Ag. CUT
Foto - Dino Santos - Ag.CUT
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