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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fim do fator previdenciário:

Fim do fator previdenciário: “Saio daqui frustrado”

Ao final da reunião de ontem com o ministro Garibaldi Alves, da Previdência, afirmei aos jornalistas que o resultado do encontro havia sido frustrante.
De fato, o ministro foi à reunião sem apresentar uma proposta do governo. Limitou-se a pedir que os participantes da reunião – centrais sindicais e representações de aposentados – apresentassem as suas, como se já não fossem conhecidas.
Enquanto isso, do lado de fora, milhões de trabalhadores e trabalhadoras esperavam pelo resultado da reunião. Lembrei isso ao ministro.
Por outro lado, parte dos sindicalistas ali presentes insistia na tese de que o fator previdenciário precisa acabar.
Sim, todos queremos isso, mas, do ponto de vista objetivo, só haveria uma maneira de simplesmente acabar com o fator: que o Congresso derrube o veto do ex-presidente Lula ao fim do fator.
Afirmei isso aos presentes e perguntei ao senador Paulo Paim, que também estava ali, se ele tinha notícia da derrubada de algum veto da Presidência nos últimos anos. Paim foi taxativo: “Estou aqui há 25 anos e nunca vi um veto do Executivo ser derrubado sem que o próprio Executivo quisesse”.
Portanto, cobrei dos companheiros uma postura mais realista e responsável. Em lugar de repetir o mantra “fim do fator”, é hora de apresentar uma alternativa concreta.
Na opinião da CUT, essa alternativa é o fator 85/95, pois supera o fator, garante a sustentabilidade das contas da Previdência e, o principal, melhora a vida de quem está trabalhando e de quem já se aposentou.
Para entender essa proposta, leia cartilha que a CUT preparou, em 2009, para explicar o fator 85/95.
Na reunião de ontem, critiquei também a postura do governo, explicitada pelo ministro Garibaldi, de que a tomada de decisão estaria à espera de consenso entre as centrais e as representações dos aposentados.
Esse consenso de todas as entidades em torno da superação do fator previdenciário não acontecerá. Que o governo encaminhe a proposta do 85/95 com o apoio das entidades que concordam com ela e que, somadas, representam a maioria da representação sindical.
Garibald ouve propostas nossas, mas não apresenta as dele.

 Foto de Augusto Coelho.
Fonte blog: Artur Henrique

3 comentários:

  1. Sou a favor do fim do fator previdenciário e contra o fator 85/95, porque acho que estão querendo trocar seis por meia dúzia e beneficiando mais a mulher. Creio que 85/90 seria mais justo. O Brasil mudou as mulheres estão em todos os setores, suas lutas pela igualdade deu certo e hoje é possível ver mulheres até em canteiros de obras, sem contar que existe setores que só trabalham mulheres como por exemplo comissárias de bordo. Não sou contra, mais as mulheres estão infiltrando em todos os setores até aqueles que antes só homens trabalhavam. Parabéns para elas, porém na hora da aposentadoria essa igualdade tem que ser percebida também, sem contar que estatisticamente a mulher vive mais que o homen então porque 85/95? Sou a favor da igualdade na hora da aposentadoria, porém 85/90 estaria bom.

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  2. Acho que não cai, pelo simples fato de não haver nenhum político dependendo de fim de fator para se aposentar. Legislam sempre em causa própria.
    è simplemente vergonhoso vc trabalhar 35/36/37 anos, contribuindo pelo máximo e o governo pagar vc menos 40%. sinto vergonha de se ser Brasileiro neste momento.

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  3. SEU GARIBALDI, CHEGA DE ENROLAÇÃO, CADE A SUA PROPOSTA? É SUA OBRIGAÇÃO APRESENTAR UMA SOLUÇÃO.

    SE NÃO SABE FAZER ISSO, DEIXE ESSA PASTA PARA UMA PESSOA MAIS COMPETENTE, PORQUE OS TRABALHADORES JÁ ESTÃO DE SACO CHEIO DESSAS REUNIÔES, SEM NENHUMA ALTERNATIVA SUA. O SR. ESTÁ ESPERTANDO O QUÊ? TE CHAMAREM DE INCOMPETENTE?
    ASS. POVO BRASILEIRO

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