Uma mulher deu à luz a uma menina nesta segunda-feira (20), no Paraná, depois de engravidar do marido já morto, por meio de inseminação artificial. A professora Kátia Limermeier é a primeira mulher no Brasil a conseguir o feito na Justiça. Um caso como esse foi registrado apenas na Austrália.
O bebê que a professora Kátia Lenerneier está esperando representa uma grande vitória. “Um sonho que deu pra gente concluir. A herança genética do meu marido eu estou trazendo com felicidade. A gente já fica realizada. É um sonho mesmo, de todas as mães.”
Engravidar sempre foi o grande desejo do casal, mas o marido descobriu, aos 33 anos, que estava com um tipo agressivo de câncer de pele. “Durante todo ano eu só tive emoções fortes, foi um ano bastante complicado. O ano de 2010 vai ficar marcado na minha vida de várias formas”, se emociona.
Roberto não deixou por escrito a vontade de ser pai. Kátia precisou então recorrer à justiça e conseguiu uma liminar que autorizou a clínica a fazer a fertilização com o sêmen do marido. Ela engravidou na segunda tentativa.
Os médicos usaram uma técnica chamada fertilização in vitro. Os óvulos são fertilizados em laboratório. Depois os embriões são transferidos para o útero da mulher. A autorização da justiça, em casos em que o homem não deixa a vontade documentada, é inédita no país.
“Na medicina comentaram que um médico trata de dor, sofrimento e morte. Eu graças a deus batalho pra vir uma nova vida no mundo”, diz Lídio Ribas Centa, médico especialista em reprodução assistida.
Kátia engravidou em outubro do ano passado, apenas oito meses depois que o marido, Roberto, morreu. Para ela, o bebê que está por vir representa a realização do sonho do casal, e também uma forma de amenizar a dor da perda.
A menina Luiza Roberta nasceu nesta segunda-feira, em Curitiba. "Ela veio para fazer um novo recomeço na minha vida", afirma Katia, que diz que a filha, Luiza Roberta, é "muito parecida" com o pai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário