Está esquentando a discussão sobre o projeto em tramitação no Congresso que acaba com o sigilo eterno de documentos oficiais.
No começo da semana a presidente Dilma Rousseff voltou atrás na sua opinião e admitiu manter tudo como está, mantendo o segredo de documentos públicos classificados como ultrassecretos.
Ela navegou nas ondas dos ex-presidentes e hoje senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, que temem reabrir feridas centenárias com países vizinhos, especialmente o Paraguai, por conta dos segredos da guerra havida há trocentos anos com a gente.
O PT, no entanto, não concorda com o governo. Ao menos no Senado, o partido da presidente Dilma quer acabar com essa história de sigilo eterno. "O PT é contra preservar o sigilo", disse o líder do PT na casa, Humberto Costa. "Depois de 50 anos não tem mais documento problemático", explicou o parlamentar pernambuano.
E ontem também apareceu um aliado de peso contra o sigilo eterno. Roberto Gurgel, procurador-geral da República, disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) se o Senado decidir manter essa bobagem.
"O direito à verdade é um direito fundamental. Qualquer iniciativa que busque afastá-lo tem deficit de constitucionalidade", afirmou Gurgel. "O Ministério Público vai fazer tudo para assegurar que o direito à verdade seja plenamente exercido. Tomaremos todas as providências para que isso seja efetivado", garantiu ele.
Sobre o assunto, vale a pena ler um brilhante artigo escrito ontem por Luiz Cláudio Cunha - jornalista que pensa com a cabeça. Basta clicar aqui.
Fonte: Nominuto
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