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segunda-feira, 6 de junho de 2011

O CONCEITO DE POLÍTICA EM ARISTÓTELES


Aristóteles começou a escrever suas teorias políticas quando foi preceptor de Alexandre, “O Grande”. Para Aristóteles a Política é a ciência mais suprema, a qual as outras ciências estão subordinadas e da qual todas as demais se servem numa cidade. A tarefa da Política é investigar qual a melhor forma de governo e instituições capazes de garantir a felicidade coletiva. Segundo Aristóteles, a pouca experiência da vida torna o estudo da Política supérfluo para os jovens, por regras imprudentes, que só seguem suas paixões. Embora não tenha proposto um modelo de Estado como seu mestre Platão, Aristóteles foi o primeiro grande sistematizador das coisas públicas. Diferentemente de Platão, Aristóteles faz uma filosofia prática e não ideal e de especulação como seu mestre. O Estado, para Aristóteles, constitui a expressão mais feliz da comunidade em seu vínculo com a natureza. Segundo Aristóteles, assim como é impossível conceber a mão sem o corpo, é impossível conceber o indivíduo sem o Estado. O homem é um animal social e político por natureza. E, se o homem é um animal político, significa que tem necessidade natural de conviver em sociedade, de promover o bem comum e a felicidade. A pólis grega encarnada na figura do Estado é uma necessidade humana. O homem que não necessita de viver em sociedade, ou é um Deus ou uma Besta. Para Aristóteles, toda cidade é uma forma de associação e toda associação se estabelece tendo como finalidade algum bem. A comunidade política forma-se de forma natural pela própria tendência que as pessoas têm de se agruparem. E ninguém pode ter garantido seu próprio bem sem a família e sem alguma forma de governo. Para Aristóteles os indivíduos não se associam somente para viver, mas para viver bem. Dos agrupamentos das famílias formam-se as aldeias, do agrupamento das aldeias forma a cidade, cuja finalidade é a virtude dos seus cidadãos para o bem comum. A cidade aristotélica deve ser composta por diversas classes, mas quem entrará na categoria de cidadãos livres que podem ser virtuosos são somente três classes superiores: os guerreiros, os magistrados e os sacerdotes. Aristóteles aceita a escravidão e considera a mesma desejável para os que são escravos por natureza. Estes são os incapazes de governar a si mesmo, e, portanto, devem ser governados. Segundo Aristóteles, um cidadão é alguém politicamente ativo e participante da coisa pública. Segundo Aristóteles, sem um mínimo de ócio não se pode ser cidadão. Assim, o escravo ou um artesão não se encontra suficientemente livre e com tempo para exercer a cidadania e alcançar a virtude, a qual é incompatível com uma vida mecânica. E os escravos devem trabalhar para o sustento dos cidadãos livres e virtuosos. Aristóteles contesta o comunismo de bens, mulheres e crianças proposto por Platão. Segundo ele, quanto mais comum for uma coisa menos se cuida dela.
comentário do blog: 
Analizando o conceito de política na concepção de Aristóteles, percebemos que estamos muito distante de vivermos essa realiade. O que vivenciamos na prática pelos nossos políticos é completamente contrário a esta concepção. Ao invés de garantir a ordem pública o bem da coletividade, vemos cotidianamente os políticos aproveitando-se do poder a eles conferido para praticar abuso de poder, fazer politicagem barata,negando a populaçao carente muitas vezes benefícios e serviços  públicos, por critérios politiqueiros. Negando direitos trabalhistas, violando muitas vezes as leis para impor seus poderes, massacrando e explorando os trabalhadores.
As atrocidades cometida na história da humanidade no passado, continuam acontecendo nos dias atuais por trás dos discursos  de uma falsa democracia, pregada por  verdadeiros carrascos desfarçados  de democratas mas com prática de monarquia absoluta.E o mais absurdo de tudo isso é querer transparecer para população que estão sempre fazendo o melhor. 
ATÉ QUANDO VAMOS TER QUE CONVIVER COM POLÍTICOS DESTA NATUREZA?
SERÁ QUE UM DIA NA HISTÓRIA  DA HUMANIDADE HAVERÁ POLÍTICOS SÉRIOS?
QUANDO HAVERÁ VERDADEIRA E PLENA DEMOCRACIA? 
 

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