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domingo, 30 de outubro de 2011

PAPEL DO PROFESSOR


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Ricardo Irigoyen

Lendo notícias, observando meus colegas e meus alunos, ouvindo pais, obedecendo a coordenadores, assistindo palestras de teóricos da educação e fazendo parte de um negócio que são as escolas, cheguei às seguintes conclusões:

Características profissionais: Professor deve ser psicólogo, pedagogo, conselheiro matrimonial e familiar, educador, vendedor, especialista em pós venda, show-man, além de conhecer perfeitamente a matéria que ensina. Nunca reclamar.

Características pessoais: Simpático, agradável, comunicador, firme com os alunos, mas com diplomacia, paciente, amigo, compreensivo com os problemas familiares e médicos de cada um dos 40 alunos que tem em cada turma. Nunca reclamar.

Obrigações profissionais: Deve ter a capacidade de preparar cada uma das 10 aulas diárias pensando nas necessidades de cada um de seus alunos, equilibrar as inúmeras provas e testes para que nenhum dos alunos tire notas baixas. Preparar relatórios e participar de todas as reuniões de pais e do colégio para diversas avaliações. Tomar conta de alunos que não são estudantes, mas meras crianças depositadas no colégio porque os pais trabalham. Nunca reclamar.

Obrigações pessoais: Nunca estar mal humorado. Estar sempre bem disposto para ouvir reclamações de pais e coordenadores. Não cometer erros. Cumprir todas as normas da escola, do ECA, as orientações dos pedagogos, as solicitações específicas de psicólogos, psiquiatras e pais para cada um dos alunos. Nunca reclamar.

Direitos do professor: Participar de reuniões extras sem receber remuneração. Ser mal pago. Educar aos filhos dos outros além de instruí-los. Trabalhar muito, já que além das horas aulas deverá utilizar a mesma quantidade de horas em casa para preparar as aulas, provas, relatórios e informes. Ou seja, professor que tem 40 horas aula semanais trabalha pelo menos 80 horas, e como no caso de muitos colegas que tem 80 horas ou mais por semana, trabalhar de 160 a 200 horas semanais. Uma semana tem 168 horas?

Papel do professor: Um professor deveria dar 20 horas de aulas semanais, para poder dedicar-se outras 20 horas para preparar as aulas, provas e testes, relatórios, avaliar individualmente a cada um de seus alunos. Não teria que perder tempo educando (educação de boas maneiras e princípios básicos de relacionamento entre seres humanos) ou estabelecendo limites que seus alunos deveriam aprender em seus lares. Deveria educar (instruir e dar cultura) aos seus alunos. Atualizar-se constantemente para ser um melhor profissional, participar de congressos e seminários.

Evidentemente há uma contradição em tudo o que tenho colocado no papel, mas é a equação real que nós, professores, devemos resolver todos os dias a toda hora.

Você, caro leitor, tem algum conselho?

Boa semana.


Fonte:  http://www.agenciario.com/colunistas.asp?cod_col=20&pNota=2516

Mais de 30 milhões em bolsas para professores


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), lança nesta segunda-feira (31), três editais em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior- CAPES.

Programa de Bolsas de Mestrado
Serão concedidas 100 bolsas de mestrado acadêmico, em todas as áreas do conhecimento, com valor mensal unitário de R$ 1.200,00, durante 24 meses.

Programa de Bolsas de Doutorado
Serão concedidas 300 bolsas de doutorado em todas as áreas do conhecimento, sendo 90 delas, oferecidas para doutorandos que desenvolverem projetos que apresentem interação com empresas. As bolsas terão o valor mensal unitário de R$ 1.800,00, no período de 48 meses.

Programa de Bolsas de Mestrado nas áreas de Ensino de Ciências, Matemática e Humanidades
Serão concedidas 50 bolsas de mestrado nas áreas de Ensino de Ciências, Matemática e Humanidades para professores do ensino público fundamental e médio. As bolsas terão o valor mensal unitário de R$ 1.200,00 pelo período de 24 meses.

O prazo para as inscrições para todas as modalidades de bolsas vai até o dia 15 de dezembro de 2011. Informações no site www.fapergs.rs.gov.br, a partir do do dia 31/10
http://www.educacao.rs.gov.br/pse/html/noticias_det.jsp?ID=7766

Blog:14º Núcleo/CPERS-Sindicato

sábado, 29 de outubro de 2011

Dia do Servidor Público Brasileiro – 28/10/2011 - Como Está a Valorização? Como estão as Condições de Trabalho? Como Está seu Vencimento Base e demais Direitos Sociais... PRESENTE – FUTURO E DESAFIOS – MESMO ASSIM PARABÉNS!



O DIA DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL – QUEM CRIOU – QUANDO FOI CRIADO E CONCEITO DO QUE SEJA SERVIDOR
FOI CRIADO pelo Presidente Getúlio Vargas no dia 28 de outubro, através do  DECRETO-LEI Nº 1.713 – DE 28 DE OUTUBRO DE 1939 –ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PUBLICOS CIVIS DA UNIÃO, que assim previa em seu artigo 266 (http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/24/1939/1713.htm ):
Art. 266. O dia 28 de outubro será consagrado ao "Funcionário público".
O mais moderno conceito do que seja servidor público pode ser encontrado no regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais,  Estatuto do Servidor  Federal, transcrito para todos as leis estaduais, leis orgânicas e estatutos dos servidores de cada município brasileiro. Consta nos primeiros artigos da Lei Federal nº 8.112/90 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm):
 Art. 1o  Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 2o  Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.
Art. 3o  Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único.  Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Portanto, servidor é o concursado, pois o concurso é modalidade de licitação, que tem sido violada, para contratação dos melhores, cujo conhecimento se mede pelo nível de classificação no edital de resultado do concurso, para ser investido em cargo público, que são as atribuições e responsabilidades previstas pela lei que criou o cargo e constantes no edital de concurso, com denominação própria (médico,professor,vigia, gari,enfermeira, motorista...) cada cargo com seu respectivo piso, de caráter efetivo ou comissionado, este dizendo respeito às atribuições de direção (diretor de escola...), chefia (chefe de gabinete...)  e assessoramento (procurador geral do município...).
 
PORQUE O SERVIDOR PÚBLICO É TÃO IMPORTANTE PARA SOCIEDADE E PARA O ESTADO?
A República Federativa do Brasil é o próprio Estado Brasileiro, cuja finalidade está na própria Constituição Federal:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - Soberania.;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
O primeiro artigo da Constituição Federal impõe quais os fundamentos do Estado Brasileiro, para que serve, para que foi criado. E foi criado para garantir, dentre outros:
A cidadania é o conhecimento do direito e o cumprimento dos deveres por aquele que habita a cidade, como na antiga pólis grega, estando em pleno uso e gozo de todos os seus direitos. Ter acesso à educação,  saúde, cobrar segurança, etc. Quem educa?  Todos os funcionários da educação, seja da folha dos 60% ou dos 40%. Quem cuida da efetivação da saúde? O médico, o auxiliar de serviços gerais, o motorista da ambulância, a enfermeira, o agente de endemias...   Segurança,  trabalho de guardas, vigias, agentes de trânsito, policiais...
A dignidade da pessoa Humana, que só existe quando os direitos mínimos, os fundamentais, contidos do artigo 5º ao artigo 17 da Constituição Federal, principalmente os previstos no artigo 5º e seus 78 incisos, são respeitados. POIS INERENTES A PRÓPRIA DIGNIDADE
A soberania, garantida, em caso de guerra, pelo exército. Direitos que só têm a possibilidade de existirem no mundo sociológico,  quando servidores públicos agem ou deixam de agir, no exercício de suas funções.
Além do previsto no artigo 1º, da Lei Maior, há os objetivos fundamentais do Estado Brasileiro, previstos no artigo 3º e incisos, TODOS MATERIALIZADOS GRAÇAS  ÁS FUNÇÕES EXERCIDAS PELOS SERVIDORES PÚBLICOS, SEJAM FEDERAIS, ESTADUAIS OU MUNICIPAIS. Eis o que consta no artigo 3º:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
 
Portanto, valores como a liberdade, a justiça e a solidariedade, são frutos do trabalho de servidores públicos, como também garantir o desenvolvimento nacional, erradicação da pobreza, o fim da marginalização, a redução das desigualdades sociais em todo o Brasil, promovendo o bem de todos, sem qualquer preconceito ou discriminação.
TODOS OS OBJETIVOS ACIMA, FRUTOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUE SÓ PODEM SER EFETIVADAS ATRAVÉS DO TRABALHO DO SERVIDOR PÚBLICO.
EIS O PORQUÊ DA IMPORTÂNCIA DOS SERVIDORES, POIS ATRAVÉS DO SERVIDOR, TODOS OS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS, UNIVERSAIS  OU NÃO,  BEM COMO SEUS EFEITOS, TORNAM-SE REALIDADE. O ESTADO ENCONTRANDO ATRAVÉS DOS SERVIDORES SUA RAZÃO DE EXISTIR E A SOCIEDADE NECESSITANDO DE FORMA UMBILICAL DE TAIS POLÍTICAS PÚBLICAS, EIS PORQUE FUNDOU, PARTICIPA E PAGA TRIBUTOS PARA O DITO ESTADO, COMPOSTO PELOS 03 PODERES: Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.
Mas o servidor, tão fundamental para o Estado e para Sociedade, é valorizado conforme sua fundamental importância?
VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR
A valorização do servidor se materializa, no mínimo,  através de:
Justo Vencimento: o valor mínimo como salário base que deve ser pago para qualquer cargo. Do gari ao professor! O que se tem? Que os vencimentos não são anualmente reajustados. Um enfermeiro pode ganhar R$ 1.200,00 num município, R$ 2.000,00 noutro município e até R$ 4.000,00 num terceiro local... o que é uma distorção. Outro problema comum é ocorrer nivelamento por  baixo, isto é, todos passam a ganhar o salário mínimo, independentemente de tempo de serviço, se tem 1º grau completo, 2º grau ou formação técnica.
DESTACANDO-SE O CASO DOS PROFESSORES, QUE TEM DIREITO A UM PISO NACIONAL, AINDA POR SEM CUMPRIDO. Seja por sabotagem dos municípios, seja pela intervenção desastrosa do MEC.  O vencimento nem sempre justo e indevidamente reajustado. CATEGORIA QUE DEVERÁ SER A LOCOMOTIVA DE TODA A LUTA NO BRASIL  A PARTIR DE JANEIRO DE 2012, POIS É A QUE SOFRE MAIOR VIOLAÇÃO!
Condições de Trabalho: gari sem botas, laboratórios médicos sem equipamento, hospitais sem ambulância, escolas com carteiras e banheiros quebrados, agentes de endemias sem luvas, professores sem computadores, merendeiras sem equipamento de proteção, não concessão de transporte, não pagamento de auxílio alimentação...
Carreira: No Estado do Ceará a maioria dos municípios só elaborou planos de carreira para os profissionais da educação, mesmo assim de forma parcial, violando o direito ao correto piso e a correção realmente prevista em lei. Poucos municípios criaram os planos de carreira para os servidores da saúde e da carreira técnico administrativa. Tratam servidor como despesa, não como fundamental gente de todas as políticas públicas! SE O ENTE FEDERAL GANHA ALGUM PRÊMIO POR ALGUMA POLÍTICA PÚBLICA EFICAZ, O MÉRITO É SOMENTE DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. SE AS POLÍTICAS FRACASSAM, HÁ SÓ UM CULPADO: OS SERVIDORES!
Respeito aos Direitos Sociais: em grande parte não apenas violados, como sofrendo ataque de extinção. Direitos como FGTS (para celetista), insalubridade, licença interesse particular, licença para acompanhar parente doente, licença prêmio, anuênio... NEGADOS A MAIORIA DOS SERVIDORES. Mas o pior é a tentativa de extinguir direitos adquiridos, aproveitando-se de reformas administrativas ou reforma da Lei Orgânica ou da Constituição, como: anuênio, licença prêmio, quinquênio, etc.
IMPORTANTE DESTACAR  que a maioria dos regimes próprios de previdência, inúmeros estão deficitários e as soluções sempre a melhor para as administrações incompetentes e sem compromisso. Lembrando que previdência social é direito humano fundamental, garantidor do direito à vida. Há fraudes até  quanto aos recolhimentos para o regime geral de previdência, gerido pelo INSS.
O direito social à GREVE além de estar sendo desrespeitado pelo Poder Executivo, sofre vergonhoso ataque do Poder Judiciário, chegando, inclusive a ser criminalizado. SITUAÇÃO QUE DEVE-SE  REVERTER, pois é direito social, ferramenta de luta dos trabalhadores. Conquista centenária que cobrou a vida de trabalhadores de todos os continentes para ser reconhecido nos últimos séculos!
LIBERDADE SINDICAL: Como parte do movimento sindical, a maioria, livre, autônoma e atuante  tem mobilizado a categoria... TEM SOFRIDO TODA FORMA DE PERSEGUIÇÃO, PELOS 03 PODERES DA REPÚBLICA. O Poder Executivo perseguindo entidades e seus dirigentes das mais variadas formas; O Poder Legislativo aprovando leis absurdas que reduzem direitos das entidades sindicais e seus dirigentes; omissão do Ministério Público, hesitação, quando não omissão do Poder Judiciário em dar as garantias constitucionais protetoras da liberdade e da autonomia sindical, DIREITO HUMANO COM CARÁTER DE FUNDAMENTAL!
O PRESENTE: De arregaçar as mangas da camisa para luta e de fortalecer as entidades sindicais.  Luta para manter o direito; mantido o direito para implementar;  Implementando,  buscar do retroativo.  SEMPRE ENCONTRANDO UM PODER JUDICIÁRIO LENTO, DE JURISDIÇÃO INSATISFATÓRIA, HESITANTE, INCAPAZ ATÉ MESMO DE FAZER CUMPRIR SUAS DECISÕES EM AÇÕES DE EXECUÇÃO.  Necessidade de fortalecer a luta política, que varia da nota de repúdio à paralisação de advertência; da ocupação da sede do governo à greve mais radical.  JUDICIALIZANDO  O QUE DEVE SER JUDICIALIZADO E EXERCENDO PRESSÃO JUNTO AO PODER JUDICIÁRIO POR RESULTADO, RAPIDEZ E QUALIDADE DA JURISDIÇÃO.
O FUTURO: Agindo-se no presente como se deve agir,  garantindo a  manutenção dos direitos sociais fundamentais, sua implementação e ampliação. PARA QUE OCORRENDO A VALORIZAÇÃO DOS SERVIDORES, OS FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA, ATRAVÉS DE TODAS AS POLÍTICAS PÚBLICAS, TORNEM-SE REALIDADE, COMO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Logo um futuro de luta, organizados, para cumprir os mandamentos constitucionais.
C O N C L U S Ã O: Apesar de tudo, PARABÉNS A TODOS OS SERVIDORES E SERVIDORAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAIS  DO BRASIL! Pois indispensável à existência e fundamentação do próprio Estado e ao bem-estar da sociedade! PARA ISSO DEVE TER DIREITO À FORMAÇÃO CONTÍNUA, CONDIÇÕES ADEQUADAS DE TRABALHO E À PLENA VALORIZAÇÃO!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Parabéns Servidor Público

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Janduís- SINDISERJ, nesta data alusiva ao servidor público PARABENIZA a todos servidores do município de Janduís, e reafirmamos nosso compromisso de luta, lembrando que a união e participação de cada funcionário no movimento sindical na defesa da valorização profissional,  cumprimento dos direitos trabalhista e o trabalho decente é indispensável.


Não há recanto do mundo ou página da história em que não esteja presente, ainda que anonimamente, o servidor público. Nenhum país sobrevivente e nenhum governo funciona sem o corpo de servidores públicos, responsáveis pela movimentação das engrenagens dos complexos mecanismos das administrações nacionais.

É considerado servidor público toda pessoa que exerce a função no âmbito do Município, do Estado ou da União, ingressando por meio de concursos, nomeações, contratos ou admissões em caráter de urgência. Prestar serviços de utilidade à população é a maior tarefa destes trabalhadores.

Os servidores públicos têm seus deveres e direitos definidos e estabelecidos na Constituição Federal e se enquadram nos estatutos das entidades públicas.

Distribuídos em diversas categorias funcionais e níveis de qualificação, por meio dos quadros de lotação de pessoa civil de várias Organizações Militares, sediadas pelo imenso território nacional, irmanam com outros servidores fardados, numa convivência harmoniosa nos quartéis, fábricas, depósitos, hospitais e escolas.

O servidor público presta a nação sua contribuição, de forma ética e dedicada, visando alcançar os objetivos institucionais e da comunidade como um todo. Não têm lucro como objetivo nem ambição pessoal como fonte de energia; sua recompensa é a satisfação do dever cumprido, sua motivação é a certeza de estar sendo útil aos seus semelhantes.

Justa e merecida é, pois, a homenagem neste dia a todos os que, no esmero de suas funções, honram o cargo de SERVIDOR PÚBLICO.

Origem da Data: O Dia do Servidor (Funcionário) Público é comemorado em 28 de outubro porque foi nessa data que o presidente Getúlio Vargas assinou, em 1952, a Lei 1.711, regulamentando as relações entre a União e a categoria de servidores.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Professora cega vai lecionar depois de decisão da Justiça




Aprovada em concurso público, uma professora com deficiência visual conseguiu na Justiça o direito de exercer a atividade em Ubatuba, de acordo com decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. A compatibilidade entre as atribuições e sua deficiência será avaliada durante o estágio probatório de três meses por uma equipe multidisciplinar. A candidata foi aprovada em primeiro lugar no concurso para professor, mas a perícia médica a considerou inapta ao trabalho por ser deficiente visual.
A autora do processo, no entanto, argumenta que a profissional em questão já lecionou antes em Ubatuba, litoral de São Paulo, e em outros municípios. O juiz João Mário Estevam da Silva, em sua decisão, afirma que a autora será devidamente avaliada quando submetida ao estágio probatório. "É intuitivo que a avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do respectivo candidato será eficazmente realizada no bojo do estágio probatório, podendo ser exonerado caso não seja aprovado."

Segundo o magistrado, ainda que "o edital preveja a possibilidade de exclusão do candidato portador de deficiência incompatível com as atribuições do cargo e que tal exame será realizado após a convocação para a nomeação, não se afigura razoável que do candidato seja previamente retirada a possibilidade de demonstrar sua real capacidade, aptidão e adequação, não sendo suficiente que apenas um profissional médico - por melhor que seja sua técnica -, defina-o como incapaz".

O juiz ressalta que a professora foi aprovada em primeiro lugar, ostenta farta experiência profissional e um considerável número de atividades científicas, "o que demonstra ser pessoa empenhada, dedicada, zelosa, e voltada ao aperfeiçoamento". Para ele, tais elementos são relevantes e não podem ser desprezados.(Portal Terra)

10% do PIB une movimento social da educação





A 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública contou com a presença de parceiros da CNTE de todo o Brasil e do mundo. Entidades como a CUT, CONTEE, UNDIME, Andes, União Nacional dos Estudantes (UNE), Fasubra, MST, Sinasefe, União Brasileira dos Estudantes (UBES), Conlutas, CTB, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Internacional da Educação (IE) e Confederação dos Educadores Americanos (CEA) apoiaram a luta para a aprovação no Plano Nacional de Educação (PNE), do percentual de 10% dos recursos do PIB para a educação.

O presidente da UNE, Daniel Ilescu, ressaltou a importância do plano para os próximos 10 anos e diz que “não pode ser uma carta de intenções, e sim, um instrumento concreto que oriente não só a educação, mas o projeto de desenvolvimento do nosso país”. O presidente da CNTE, Roberto Leão, acrescentou que "a presença das entidades é uma desmonstração que todas assumiram definitivamente a bandeira dos 10% do PIB para educação. Acredito que o grande elemento mobilizador tenham sido as greves ocorridas nesse ano".

A marcha também teve apoio internacional. Os dirigentes dos sindicatos dos professores do Chile e da Argentina estiveram presentes e defenderam um ensino mais desenvolvido e justo, além de uma maior integração no setor entre os países da América Latina. A vice-presidente da Internacional da Educação, Juçara Dutra, destaca o PNE como peça fundamental na melhoria da educação. “Acreditamos que este é um indicador de que o Brasil merece ter uma educação pública de qualidade, inclusiva, com acesso qualificado ao mundo do trabalho”.

Um grupo de alunos de uma escola pública fundamental de Campo Formoso, na Bahia, veio de longe para mostrar que as crianças também estão preocupadas com a situação das escolas e a formação dos professores. Eles apresentaram uma esquete teatral criticando a qualidade da educação no país e cantaram pela melhoria no ensino. “A nossa luta movimenta o cidadão para ajudar nossas crianças que crescem com educação”, dizia a paródia.

Cerca de 140 mil cartões de apoio assinados por brasileiros de todo o país foram entregues ao relator do PNE. Parte desses cartões foi distribuída ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Durante a audiência, a CNTE reiterou o pedido de encerramento das convesas em separado com as entidades e instalar imediatamente a mesa de negociação sobre a implantação da lei do piso salarial, com o que o Ministro concordou.  
O presidente da CNTE, Roberto Leão, afirma que este não será o fim da luta pelo aumento do PIB para a educação e sim o “início de um processo de mobilização para o ano que vem, porque nós precisamos resolver outro ponto fundamental que é a questão definitiva do piso salarial”.
 


CNTE realiza marcha pela Educação com sucesso




Foto: Marcelo Casal - ABr
Relator do PNE na Câmara diz que relatório deverá ser apresentado na Comissão de Educação da Câmara na próxima terça-feira

A CNTE realizou hoje a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, em Brasília. Com o tema “10 mil pelos 10% do PIB para a Educação”, a marcha reuniu cerca de 10 mil brasileiros de todas as regiões do país. “Essa marcha é fundamental para que a gente consiga interferir no Congresso Nacional e obter deles o compromisso de aprovar 10% do PIB brasileiro para ser investido na educação”, disse o presidente da CNTE, Roberto Leão, ao comentar sobre um dos três principais pontos de reivindicações da manifestação.
Veja aqui as fotos da Marcha
Foto: Renato AlvesA marcha teve dois outros focos centrais: a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Congresso Nacional; e o cumprimento integral, em todo o Brasil, da lei do piso salarial do magistério.

Ao longo da manhã desta quarta-feira, os manifestantes caminharam do Estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional, passando, também, pelo Palácio do Planalto. Também foi realizado um ato público em frente ao Congresso. Nele, foram fincados na grama em frente ao Parlamento estacas que pediam 10% dos recursos do PIB para a Educação. Os integrantes da marcha, que também carregavam slogans pelo aumento de recursos para a Educação, lotaram o gramado do Congresso Nacional.

Cartões de Assinatura
A Campanha Nacional Pelo Direto à Educação conseguiu 10 mil das 140 mil assinaturas coletadas em todo o país para os cartões postais de apoio aos ideais da marcha. Parte desses cartões assinados foi entregue para o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e para o relator do Plano Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR). A presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), prometeu levar as assinaturas para a presidenta Dilma Rousseff. “Eu acho que o governo tem que receber os cartões como uma clara demonstração da sociedade brasileira de que o investimento hoje em educação não é suficiente”, afirmou Daniel Cara, coordenador da campanha.

Durante os atos da marcha, o deputado Ângelo Vanhoni , disse que o relatório do PNE deverá ser entregue à Comissão de Educação da Câmara na próxima terça-feira (1/11) e deverá ser votado pela Casa até o final de novembro. Depois, o projeto segue para análise do Senado.  Vanhoni disse que cerca de três mil emendas foram apresentadas ao projeto até agora. Ao discursar na comissão, o deputado chamou atenção para o problema da falta de recursos para a educação. Foto: Renato Alves

Ao final da marcha, membros da CNTE foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Ao ministro também foram entregues parte dos cartões assinados por brasileiros de todo o país em prol dos 10% do PIB para a educação.  Haddad falou do avanço da educação no Brasil nos últimos anos: “Eu acho que os trabalhadores em Educação se sentem mais valorizados depois do governo Lula”. Mas reconheceu que a luta ainda tem que continuar: “Eu acho que o professor ganha menos do que deveria. Poderia ganhar 60% a mais do que ganha para se equiparar às outras profissões de ensino superior”. (CNTE, 26/10/2011)
 

domingo, 23 de outubro de 2011

BRASIL, O REINADO DA CORRUPÇÃO!


    
BRASIL, O REINADO DA CORRUPÇÃO!
Esse tema nunca foi e nunca será novidade pra ninguém, há muito tempo que essa pratica vem sendo desenvolvida por nossos políticos.
O Brasil é reconhecido mundialmente como o país mais corrupto do mundo, de maneira que há quem diga que existem duas formas de se ganhar dinheiro fácil no Brasil, à primeira, é através do mundo do crime (roubando) e a segunda é ser político corrupto (roubando), e o pior que muitos estão seguindo esse raciocínio, onde pessoas de todas as classes sociais tem se candidatado a cargos públicos, sem ter a menor condição de exercer aquela função pela qual está se candidatando, e assim, a cada dia a coisa vai de mal a pior, as cidades, os estados, o país indo a passos largos para a decadência administrativa, tudo isso graças a políticos sem capacidade de administrar, pessoas que estão ali por interesse e ambição, e por isso que vemos todos os dias, vereadores, prefeitos, deputados, senadores, ministros, sendo processado por corrupção.
Estudos de uma universidade de São Paulo (FIESP) revelam que 69,1 bilhões de reais são desviados dos cofres públicos a cada ano, dinheiro esse que representa entre 1,38 a 2,3 % do produto interno bruto (PIB), recurso que poderia fazer muitas obras para melhoria de vida da população, como escolas, hospitais, creches, entre outros.
No entanto, não é isso que acontece pelo simples fato de uma minoria achar-se dono e roubar todo esse dinheiro sem a mínima preocupação de que alguém vai ficar sem escola, sem hospital, sem creche, é triste ver essa situação em nosso meio, não sabemos mais em quem confiar, às vezes chegamos até a pensar “todos fazem parte do mesmo saco”.
Porém, é importante que não percamos as esperanças, precisamos combater de alguma forma está situação, cobremos dessas pessoas mais compromisso, lealdade, integridade, para fazermos um país melhor para todos.
Será que isso é possível? O que você acha?

Cursos ensinam como se eleger vereador

Política: Camara Municipal 

Fonte: Estado de Minas

De olho na disputa do ano que vem, consultores lançam manuais e sites que prometem ajudar o candidato a se eleger vereador e prefeito. Segundo eles, basta seguir a receita

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Cursos ensinam como se eleger vereador
Passar pelo crivo do eleitor e conseguir uma das mais de 50 mil cadeiras em câmaras municipais do país pode não ser tão difícil quanto até então se pensava. Pelo menos essa é a promessa de cursos on-line, DVDs, livros e manuais que ensinam como se eleger vereador.


Passado o prazo para as filiações partidárias, as ofertas se multiplicam na internet como um investimento vantajoso. Para conseguir um emprego no Legislativo, com direito a salário que pode chegar a R$ 9.288,05, funcionários e verba de gabinete à disposição, só é preciso adquirir kits que variam do custo zero a quantias simbólicas como R$ 100 ou até salgados R$ 599.


Todos garantem: é só seguir a receita. Eleger um vereador é como vender um produto qualquer, só é preciso trabalhar a “matéria-prima”. Autor dos 10 mandamentos para conseguir uma vaga no Legislativo, o professor Tadeu Comerlatto tem seu DVD à venda por R$ 95 em um portal de concursos. Além do vídeo de 58 minutos, o candidato ganha três cursos-texto de brinde.


No conteúdo programático estão incluídos temas como mapeamento do território eleitoral e a projeção de votos, execução de campanha, reeleição e evolução política. Se o interessado ainda não tiver certeza da participação no pleito, pode até se convencer lendo o capítulo “Conheça o seu potencial”.


“Receita pronta para ganhar eleição; é só pegar e colocar em prática”, promete em outro site o responsável Eliseu Bayer, que dá ainda 12 motivos para aplicar as estratégias oferecidas. Ao adquirir o programa do candidato a vereador, o internauta também não fica no prejuízo.


Recebe “totalmente grátis”, como bônus, os sete segredos para cativar e influenciar eleitores, os 10 princípios práticos para ser bem-sucedido na campanha e cinco dicas para falar bem em comícios. A promessa de sucesso é tanta que Bayer oferece teste gratuito e a devolução do dinheiro em caso de fracasso.


Por falar em dinheiro, Eliseu Bayer cobra R$ 100 pelo curso, mas diz no site se tratar de uma pechincha. Pelos seus cálculos, o curso completo valeria R$ 2,5 mil, mas, com o argumento de se calcular por baixo, fixando em R$ 1,88 o valor de sua hora de trabalho, o preço justo seria R$ 413,60. “Mas não vou cobrar nem metade desse valor porque eu desejo que qualquer candidato a vereador tenha vontade e determinação em organizar uma supercampanha.”


Um pouco mais salgado,R$ 599, é o curso que inclui livro, DVD e consultoria completa na internet, oferecido por José Antônio Prestes. Além do material em casa, os candidatos receberão senha para fazer aulas on-line em 10 módulos. Segundo o professor, o tempo médio para aprender a ter sucesso na eleição é um mês, mas dependerá do “desempenho do aluno”.


EXPERIÊNCIA


Os responsáveis por cursos, palestras, sites e vídeos para eleger um vereador afirmam que para o negócio dar certo é preciso ter um bom “produto”. Experientes no assunto eles são.


O administrador Tadeu Comerlatto foi prefeito de Videiras, em Santa Catarina, de 1977 a 1983, e tem 40 obras publicadas sobre o tema. Resultado do que chama de um aperfeiçoamento na atividade de “inteligência política”.


Comerlatto dá dicas para quem quiser se aventurar em uma campanha. A primeira, segundo ele, é ter um passado limpo, pois o eleitor, segundo diz, não aceita mais pessoas inadequadas. “Qualquer um que tem uma bela história e transpira um pouco de credibilidade pode se eleger”, disse.


Sem informar quanto lucra com os cursos para vereador e prefeito, Tadeu Comerlatto afirma que “dá para viver” da atividade. Já vendeu 200 mil exemplares de seus produtos, mas rechaça o termo “marqueteiro político”. “Dá a impressão de que queremos ganhar a qualquer preço, e uso o marketing com responsabilidade.”


Eliseu Bayer, presidente da Câmara Municipal de Presidente Venceslau (SP), usa a experiência das duas campanhas que fez – em 2004 e 2008 – para ensinar qualquer candidato, pela internet, a conquistar uma cadeira. A ideia é mostrar a prática, já que existem muitas teorias.


“Tem uma técnica de áudio, por exemplo, que achei para as pessoas memorizarem meu número e elas lembram até hoje”, garante o tecnólogo em gestão pública. Para ele, qualquer um pode virar vereador, desde que faça uma campanha benfeita. “Assim como alguém vende um produto, na campanha o produto é o candidato”, disse.


Os 10 mandamentos


O consultor Tadeu Comerlatto preparou um DVD com dicas para uma pessoa conquistar uma vaga no Legislativo. Confira:


1 Escolha bem o candidato


2 Prepare a plataforma eleitoral


3 Faça um bom orçamento para a campanha


4 Faça o mapeamento das forças políticas


5 Faça o mapeamento do território eleitoral


6 Monte a estrutura organizacional da campanha


7 Organize a propaganda eleitoral


8 Deflagre a mobilização da campanha


9 Otimize o tempo do candidato


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    Professores cada vez mais esquecidos




    professorEntra ano, sai ano, as distorções salariais entre os servidores ficam cada vez mais claras. Um dos sinais mais evidentes disso é a previsão do reajuste de 16,6% do piso dos professores de escolas públicas em todo o Brasil, atualmente de R$ 1.187. Enquanto um docente deve entrar em 2012 com salário-base de R$ 1.384, um técnico administrativo das agências reguladoras, com igual formação, receberá um vencimento inicial de R$ 4,7 mil.

    Um técnico legislativo do Senado, por sua vez, vai começar o ano embolsando remuneração inicial de R$ 13,8 mil, incluindo vencimento básico e gratificações. Para os cargos de nível médio do Banco Central (BC), de 2002 para cá, a remuneração saltou 233,7%, de R$ 2.532,16 para R$ 8.449,13. Os servidores técnicos do Judiciário, que hoje ganham de R$ 3,9 mil a R$ 6,3 mil, pedem aumento de 56% em seus contracheques. Já os técnicos do Ministério Público da União (MPU) querem que a sua remuneração inicial passe para R$ 8,2 mil.
    Enquanto isso, bombeiros e policiais militares em todo o Brasil brigam pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 300, que estabelece um piso único no país. No Rio de Janeiro, estado com um dos problemas mais graves de violência do país, os policiais ganham R$ 1,1 mil, valor quase quatro vezes menor do que o pago no Distrito Federal. "O salário é a base da valorização dos servidores. No caso dos professores, a lei do piso foi um avanço. Mas eles precisam ter também um plano de carreira e investimentos na formação", defende Dalila Andrade Oliveira, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).
    Os problemas não se restringem ao valor baixo do piso salarial dos professores. Embora a regra para a elevação do valor tenha sido estabelecida em 2008, por meio da Lei nº 11.738, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, denuncia que ao menos nove estados não pagam sequer o salário-base. "Minas Gerais é um dos exemplos do absoluto descaso e desrespeito à lei e aos servidores. Além disso, na maioria dos estados e municípios que dizem cumprir o piso, a norma não é seguida como deveria, pois não estruturaram uma carreira para os profissionais", diz Leão.
    Greve - Em Minas Gerais, os profissionais da rede estadual de ensino suspenderam na última quarta-feira uma greve de 112 dias, após a reabertura das negociações com o governo estadual. Leão explica que, a partir da elaboração do Orçamento da União e da definição de quanto deve ser o reajuste a cada ano, estados e municípios devem fazer suas previsões orçamentárias para pagar o reajuste aos professores. "O problema é que eles não fazem isso. Eles jogam com a morosidade da Justiça. E os docentes continuam ganhando a metade da média do que é pago para outras profissões que exigem a mesma formação", afirma.
    Federalismo - O Ministério da Educação informou que o estabelecimento do piso buscou justamente valorizar os professores. No entanto, disse que não cabe a ele supervisionar a organização do serviço público nos estados e municípios. "O federalismo de cooperação brasileiro não interpôs uma hierarquia nesse sentido. Mesmo assim, por derivação da lei, aqueles municípios e estados que comprovarem insuficiência de recursos para o cumprimento do piso poderão receber recursos complementares", informou o órgão.
    Entre as condições para estados e municípios receberem ajuda da União estão a aplicação de 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento do ensino e a existência de um plano de carreira para o magistério. Até hoje, porém, nenhum governador ou prefeito conseguiu comprovar que atendia os requisitos para ganhar a complementação.
    Regra nacional - A variação do piso nacional dos professores, que leva em conta o docente com formação de nível médio, cumpre a Lei nº 11.738, de 2008, que prevê aumento no salário-base conforme a variação do custo anual por aluno previsto no Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério (Fundeb). Segundo dados do Ministério do Planejamento, a estimativa é que o total investido por aluno do ensino fundamental suba de R$ 1.722,05 para R$ 2.009,45. (Correio Braziliense)

    O Brasil vai parar para marchar em Brasília




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    No dia 26 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas 43 entidades filiadas em todo o Brasil irão fazer uma mobilização que promete reunir cerca de dez mil pessoas no Planalto Central. É a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que nesta edição pede 10 mil pelos 10% do PIB para a Educação. O Brasil investe, hoje, cerca de 5% do PIB no setor.
    Para a CNTE, não há dúvidas de que o direito à educação depende de mais recursos financeiros e de sua melhor aplicação. A meta de investimento de 10% do PIB visa tirar o atraso no qual a educação pública brasileira se encontra. Atualmente, é notório o quanto os educadores estão desestimulados devido à baixa remuneração e à estrutura precária das escolas.
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    Pesquisas denunciam que a juventude não se sente atraída pela carreira de educador. O número de formandos nos cursos preparatórios de docentes para os primeiros anos da educação básica - como Pedagogia e Normal Superior – foi reduzido pela metade em quatro anos, segundo os últimos dados do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente pelo MEC. De 2005 a 2009, o número de graduados caiu de 103 mil para 52 mil, comprovando o desinteresse dos jovens pela carreira.
    Motivos para parar não faltam
    As muitas paralisações organizadas revelam a dificuldade de interlocução com os governantes para o atendimento das atuais demandas da educação. Somente na rede pública estadual, a CNTE contabiliza doze greves em 2011. Atualmente, a rede estadual do Pará está paralisada.
    A longa duração dessas greves chama a atenção. Os professores cearenses voltaram às salas de aula somente após 63 dias e com o compromisso do governo do estado de pagar o piso vinculado à carreira.  Em Minas Gerais, os professores permaneceram em greve por 112 dias até conseguirem dar início a um processo de negociação com o governo estadual.
    O motivo principal das greves de 2011 é o descumprimento da Lei 11.738/08, que trata do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Sancionada há 3 anos pelo presidente Lula, a lei ainda não é cumprida integralmente em nenhum estado e município. “Na maioria dos estados e municípios que dizem cumprir o piso, a norma não é seguida como deveria, pois não estruturaram uma carreira para os profissionais", afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão.
    Equívoco sobre o valor do piso
    A Lei do Piso estabeleceu o valor de R$950,00 para ser pago como vencimento inicial de carreira do professor com formação de nível médio, a partir de 2008. Este valor sofreria reajustes anuais utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno do Fundeb, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Por isso, a CNTE calcula que os professores de nível médio deveriam receber em 2011 um salário inicial de R$1.597,87. O Ministério da Educação, porém, estabeleceu a quantia de R$1.187,97.
    Marcha Nacional
    A Marcha Nacional no dia 26 de outubro visa sensibilizar a sociedade e dar visibilidade para questões que comprometem a qualidade da educação. Neste dia, os participantes se concentrarão às 9 horas em frente ao estádio Mané Garrincha (em reforma para a Copa de 2014) e marcharão a partir das 10 horas até o Congresso Nacional, onde será feito um ato pela defesa de 10% do PIB e não apenas 7% como consta no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.
    A CNTE pretende entregar ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e ao relator do PNE, Deputado Ângelo Vanhoni, cem mil assinaturas de apoio à destinação de 10% do PIB para a educação pública brasileira.
    Também estarão expostos em frente ao Congresso, os trabalhos da mostra cultural promovida pela Confederação. Nesta mostra, lançada no dia 16 de setembro, alunos de escolas públicas inscreveram desenhos, poemas, cordéis, qualquer manifestação artística sobre o tema “Por que 10% do PIB para a Educação Pública?”.
    A CNTE convida todos a participar do movimento por mais financiamento para o setor. A educação tem papel importante na formação dos trabalhadores, na distribuição da renda e no desenvolvimento sustentável a longo prazo. “10% do PIB não é muito e todos sabem disso, principalmente em se tratando de educação, que é essencial para a construção de um país justo e preparado para o futuro” afirma Leão. (CNTE, 19/10/11)

    MEC desiste de aumento de número de dias letivos por ano, diz secretária de Educação Básica




    A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, anunciou nesta quinta-feira (20) pelo Twitter que o MEC (Ministério da Educação) desistiu da proposta de aumentar de 200 para 220 o número de dias letivos por ano. O "consenso", segundo ela, é "aumentar a carga horária" diária.
    De acordo com Maria do Pilar, o texto a ser encaminhado para o Congresso vai propor o aumento na carga horária. Ela citou o exemplo do programa Mais Educação, que permite que escolas tenham até sete horas por dia de aula, mas disse que, a princípio, "podemos começar com 5 h/dia, no mínimo, para todas [as escolas]".
    "Apos reunião no MEC no dia 18/10, com professores, alunos, gestores, parlamentares, pesquisadores, ficou claro que não teremos aumento dos dias letivos de 200 para 220. O consenso é aumentar a carga horária diária, e o Legislativo receberá  a proposta consensuada nesta reunião e assumida pelo MEC", afirmou a secretária na rede social.
    Aprendizado
    Um estudo apresentado pelo próprio ministério, em setembro, mostrou que um aumento de dez dias no ano letivo poderia elevar o aprendizado do aluno em até 44% no período de um ano. No entanto, um dos problemas para o eventual aumento no número de dias seria a atual estrutura física das escolas do país. (UOL, 20/10/11)
    Fonte: CNTE

    sexta-feira, 14 de outubro de 2011

    Parabéns Professor@ !

    Reflexão sobre o dia da professora e do professor




    Houve um tempo, não muito distante, em que a sociedade respeitava e valorizava os professores e as professoras, estes profissionais tão importantes para a humanidade quanto o ar que respiramos, quanto a terra onde pisamos, quanto a água que bebemos, principalmente docentes da educação básica inicial, que desempenham inúmeras outras funções além do ato de ensinar. O trabalho com crianças pequenas é extremamente delicado, exigente e necessário para o desenvolvimento cultural de um país.
    Ouvimos por toda a vida que se não estudarmos, não teremos oportunidades de bons empregos, que seremos excluídos e marginalizados. E sabemos o quanto isto é verdade. Sim, são as professoras e os professores que nos ensinam a enxergar o mundo do conhecimento. Estas pessoas nos oferecem as chaves que abrem as portas dos caminhos da vida. Trabalham até a exaustão, abrindo mão de sua própria vida para exercerem a função que nenhuma outra profissão possibilita: o desenvolvimento das habilidades humanas e das potencialidades criadoras que nos possibilitam engendrar as mais belas e complexas criações.
    O médico, o engenheiro, o advogado,  são profissionais que fazem parte das classes privilegiadas da sociedade. São profissionais valorizados e reconhecidos que conseguem manter um padrão de vida estável – que, no mínimo, permite um sustento mensal através da sua merecida remuneração. Porém, estes nada seriam se não fossem suas professoras e seus professores. No entanto, há um contraste muito grande, uma disparidade, um distanciamento enorme entre estas categorias e a categoria dos docentes, e não há uma justificativa racional para isto. Ambos lidam com a vida: o médico lida com a saúde física do paciente, o professor lida com a saúde cultural de um país. Estes profissionais educacionais, devido ao descaso e ao abandono social do qual são vítimas, vêm enfrentando uma série de dificuldades resultando em carências que lhes negam uma qualidade de vida.
    A valorização deste profissional é uma responsabilidade da sociedade, do poder público e da própria escola. Neste dia 15 de outubro, infelizmente, temos pouco para comemorar. Que pelo menos façamos uma reflexão. Valorizar este profissional é resgatar a saúde cultural do país que hoje se encontra em estágio terminal. 
    Agradeço a todos os meus professores e professoras que tive na infância, na adolescência e aos que tenho hoje, na graduação. Agradeço aos que me ensinaram a ser professora também. Muito obrigada! 
    Berenice Gehlen Adams



    Heróis invisíveis

    Quais são os limites do professor?


    Por Cybele Russi


    O que os pais nunca deveriam fazer na presença dos filhos são críticas à escola e aos professores, pois eles levam muito a sério a opinião dos pais. Fazer críticas negativas à escola e aos professores só gera insegurança nos filhos, que afinal, acreditam nas escolhas dos pais. Se o próprio pai escolhe a escola e depois critica, o que a criança não irá pensar? Que tudo o que acontece lá dentro é passível de dúvida e de questionamento, desde a segurança até o conhecimento do professor.
    Esta foi uma das afirmações que fiz em meu último artigo e aproveito o ensejo para retomar o tema, até porque recebi vários e-mails me questionando a respeito.
    É evidente que os pais não só podem como devem questionar todas as autoridades e instituições, até porque isto desenvolve na criança o espírito crítico e a capacidade de escolha. Acontece que no Brasil, de alguns anos para cá, criou-se o hábito de desqualificar a escola e o professor. Este, passou a ser tratado como uma praga da sociedade, virou saco de pancadas; passou a ser visto como o causador e responsável por quase tudo de errado que ocorre na vida do aluno, talvez porque seu papel vá muito além de mediador do conhecimento, pois abrange praticamente todos os níveis da vida do aluno, desde ensinar a ler e escrever até dar remédio na hora certa, pagar o lanche, ficar além do horário quando a família, literalmente, esquece o aluno na escola, examinar as orelhas, cuidar das lições, da alimentação, da educação, da postura, encaminhar para o médico, e ainda resolver questões de ordem conjugal e familiar. Ou seja, sobraram para o professor quase todas as funções que até há alguns anos eram divididas com a família.
    Como a família quase já não tem mais tempo para cuidar de seus filhos, o professor acabou se assoberbando de tarefas que, na realidade, não são suas. E é aqui que se situa o ponto nevrálgico da relação família/escola, pois que, uma vez que o professor desempenha papéis que, teoricamente, não seriam seus, deveria ter igualmente, autonomia e autoridade para punir e cobrar deveres e obrigações e exigir respeito e responsabilidade. Mas não é o que ocorre na prática. Na prática ele é um chinesinho equilibrista tentando manter todos os pratinhos rodopiando no ar sem deixar que nenhum caia. Mas se por azar um dos pratinhos cai, pronto! coidato do nosso malabarista improvisado, fogueira para ele.
    É verdade que o nível do ensino brasileiro caiu demais nos últimos tempos, assim como é igualmente verdade que os professores já não são tão qualificados como no passado; mas também é verdadeiro que o nível dos alunos decaiu enormemente, tanto no que diz respeito à aprendizagem como no que tange a postura e os bons modos. Mas nada disso justifica o desrespeito que se vê hoje nas salas de aula.
    A tudo isso que se vê hoje, e é quase uma regra em todas as escolas, dá-se o nome de inversão de papéis. A escola perdeu seus parâmetros e a família deixou de ser o modelo ou referencial social para a criança. Professores e professoras desempenham papéis de amigos, de conselheiros, de psicólogos, de bons camaradas e de pais; fazem as vezes destes em sua ausência. Pais e mães são professores dentro de casa, acompanhando lições até a meia-noite, verificando tarefas, corrigindo cadernos, tentando aprender conteúdos que já não fazem parte de suas rotinas há muitos e muitos anos. Imobilizados pela culpa das longas e constantes ausências, são incapazes de uma atitude firme em relação à educação de seus filhos; não sabem como agir. Jogam para a escola responsabilidades que são suas, mas não admitem que a escola, personificada na pessoa do professor, exija e faça valer seus direitos. Então, quando o professor exige respeito, fica bravo, perde a paciência, abusa da autoridade e age como uma mãe nervosa e descontrolada, tome-lhe paulada.
    É muito comum ouvirmos queixas de pais que afirmam que seus filhos foram humilhados e ofendidos dentro da sala pelo professor, o que por si é um absurdo inadmissível, pois queira ou não, o professor é modelo. Seja de vida, de comportamento, de postura, de educação ou seja lá do que for, ele é um modelo, um referencial para o aluno e mais ainda para a criança. E modelos, pelo menos em tese, não podem errar, e portanto, não podem perder a paciência, nem ofender, nem perder a linha.
    No entanto, quando os papéis estão confusos, quando ninguém mais sabe quem é quem, e menos ainda, qual é a função social de cada um, a vida vira uma miscelânea, um vale-tudo, um bang-bang educacional com tiros e ofensas dirigidos para todos os lados, e a educação vira esta coisa que todos estão vendo hoje: um cego perdido no meio do tiroteio entre pais, escola e filhos.
    O momento que vive a educação hoje é indefensável, porque não há certos nem errados. Todos estão tentando acertar, e quanto mais tentam, mais erros cometem.
    É simplesmente inadmissível o comportamento da grande maioria dos alunos nas escolas brasileiras. A indisciplina, o desrespeito e o desacato ao professor virou regra nas escolas. É rara a escola que não tenha problemas de indisciplina e de desrespeito. O professor sofre constrangimentos diariamente dentro da sala de aula. E está absolutamente só nesta situação. Ele sofre constrangimentos por parte dos alunos, dos pais, da direção e da coordenadoria de ensino e qualquer palavra sua, gesto ou olhar, é suficiente para que seja ameaçado ou coagido. No entanto, espera-se que, como um santo milagroso, ele eduque e dê conta dos problemas que ninguém está conseguindo resolver.
    Já que nenhuma das partes está mesmo conseguindo resolver um problema que está quase virando um assunto de ordem pública, não seria o caso de família e escola se darem as mãos de uma vez por todas e tentarem resolver juntas, em vez de uma jogar para outra culpas e responsabilidades?
    A educação poderia ser comparada a uma moeda, que tem duas faces, e em cada face se pode imprimir o que se quiser, mas não dá para ter uma moeda redonda de um lado e quadrada do outro. Antes de se pensar o que se vai imprimir em cada uma das faces, é preciso que ambas estejam perfeitamente ajustadas e alinhadas. Assim deveria ser a união entre escola e família.
    Educar uma criança não deveria ser algo tão complexo assim, se houvesse um mínimo de coerência entre as partes envolvidas. Ou seja: se um endossasse e referendasse a palavra do outro, a educação acabaria acontecendo, de alguma maneira. Mas quando há um tiroteio entre as partes envolvidas em que um lado desqualifica e desautoriza o outro lado, nem a melhor família, nem o melhor colégio do mundo conseguem educar ninguém, apenas porque educar exige, antes de mais nada, coerência de princípios e clareza na definição de papéis.
    http://www2.uol.com.br/vyaestelar/familia_escola.htm