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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DEFLAGRAM GREVE NO RN



Os trabalhadores da educação deflagraram na tarde de ontem mais uma greve por tempo indeterminado. A categoria alega que o Governo do Estado não está cumprindo o acordo firmado no último movimento grevista, no mês de julho, quando ficou acertado o pagamento em quatro parcelas do reajuste dos funcionários. Os alunos, que podem ficar com o ano letivo comprometido, já que passaram por 80 dias de greve dos professores no início do ano, serão avisados sobre a suspensão das aulas a partir de amanhã.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte-RN), Fátima Cardoso, enfatizou que a categoria não aceita mais o argumento do Governo de que a Lei de Responsabilidade Fiscal não permite o reajuste no salário dos trabalhadores. O último acordo do Estado com os servidores garantia a readequação em quatro parcelas, sendo a primeira para o mês de setembro, o que não aconteceu. Fátima acredita que algumas unidades podem continuar a ter aulas sem a estrutura de limpeza, secretaria e merenda, visto que os professores não estão em greve.
A secretária estadual de Educação, Bethânia Ramalho, afirmou de forma categórica que a paralisação dos servidores não atingirá o ano letivo. O titular da pasta de Administração do Estado, Anselmo Carvalho, esclareceu que tanto para os trabalhadores da Educação como para os servidores Administração Indireta, não foi dito em nenhum acordo com o Governo atenderia as solicitações independente da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O Estado tencionou a implementação à condição fiscal", declarou Anselmo. O secretário diz que apesar de não ter sido escrito na carta enviada pelo secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, aos grevistas na última paralisação, a informação relativa ao cumprimento da lei está subentendida. "Pelo descumprimento da Lei é que o Estado está na situação de hoje", relatou Anselmo sobre as dívidas estaduais.
Uma reunião entre os representantes dos grevistas e Anselmo Carvalho está marcada para manhã de hoje. O secretário,que garante a baixa adesão dos servidores ao movimento grevista, promete conversar com as categorias e explicar a situação financeira do Estado na tentativa de acabar com a paralisação.
A primeira paralisação da educação aconteceu com os professores no último mês de maio e só terminou em julho. Na ocasião, após 80 dias de greve, o governo entregou ao movimento afirmando que seria feita a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários imediatamente, que o piso nacional do magistério seria implantado em 2012 e ainda que os trabalhadores teriam um reajuste pago em quatro parcelas. O Sinte, na época, divulgou que a categoria discutiria com a comunidade escolar para definir a melhor forma de repor as aulas dos mais de 300 mil alunos da rede estadual de educação.
Fonte: DN

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