Seguidores

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Reflexão sobre o dia da professora e do professor




Houve um tempo, não muito distante, em que a sociedade respeitava e valorizava os professores e as professoras, estes profissionais tão importantes para a humanidade quanto o ar que respiramos, quanto a terra onde pisamos, quanto a água que bebemos, principalmente docentes da educação básica inicial, que desempenham inúmeras outras funções além do ato de ensinar. O trabalho com crianças pequenas é extremamente delicado, exigente e necessário para o desenvolvimento cultural de um país.
Ouvimos por toda a vida que se não estudarmos, não teremos oportunidades de bons empregos, que seremos excluídos e marginalizados. E sabemos o quanto isto é verdade. Sim, são as professoras e os professores que nos ensinam a enxergar o mundo do conhecimento. Estas pessoas nos oferecem as chaves que abrem as portas dos caminhos da vida. Trabalham até a exaustão, abrindo mão de sua própria vida para exercerem a função que nenhuma outra profissão possibilita: o desenvolvimento das habilidades humanas e das potencialidades criadoras que nos possibilitam engendrar as mais belas e complexas criações.
O médico, o engenheiro, o advogado,  são profissionais que fazem parte das classes privilegiadas da sociedade. São profissionais valorizados e reconhecidos que conseguem manter um padrão de vida estável – que, no mínimo, permite um sustento mensal através da sua merecida remuneração. Porém, estes nada seriam se não fossem suas professoras e seus professores. No entanto, há um contraste muito grande, uma disparidade, um distanciamento enorme entre estas categorias e a categoria dos docentes, e não há uma justificativa racional para isto. Ambos lidam com a vida: o médico lida com a saúde física do paciente, o professor lida com a saúde cultural de um país. Estes profissionais educacionais, devido ao descaso e ao abandono social do qual são vítimas, vêm enfrentando uma série de dificuldades resultando em carências que lhes negam uma qualidade de vida.
A valorização deste profissional é uma responsabilidade da sociedade, do poder público e da própria escola. Neste dia 15 de outubro, infelizmente, temos pouco para comemorar. Que pelo menos façamos uma reflexão. Valorizar este profissional é resgatar a saúde cultural do país que hoje se encontra em estágio terminal. 
Agradeço a todos os meus professores e professoras que tive na infância, na adolescência e aos que tenho hoje, na graduação. Agradeço aos que me ensinaram a ser professora também. Muito obrigada! 
Berenice Gehlen Adams



Heróis invisíveis

Nenhum comentário:

Postar um comentário