Em conversa com o Blog na noite deste domingo (23), a irmã da prefeita
Lígia Félix, secretária de finanças Estela Maria deu outra versão para a
confusão envolvendo o médico e ex-prefeito Salomão Gurgel e policiais
militares na frente do Hospital Municipal. Estela negou que em nenhum
momento a Prefeitura tenha omitido qualquer atendimento médico ao
paciente que Salomão atendia antes do episódio.
Na versão de Estela toda a polêmica foi causada pelo próprio
ex-prefeito, que sem comunicar a direção do Hospital, invadiu o local e
foi atender um paciente que já vinha recebendo os cuidados da Saúde do
Município. “Nós recebemos denúncias que ele estaria com duas pessoas
armadas em frente ao hospital. Ficamos preocupados porque a população
foi se mobilizando pra frente do hospital, tanto pessoas que são ligadas
a ele como os que são ligados a prefeita. Pedimos ajuda a policia de
Campo Grande e Messias Targino, porque só estamos com dois policiais na
cidade, e ficamos com medo que houvesse um confronto pelo acúmulo de
gente na frente do Hospital”, disse Estela.
Estela não esconde que o Município esteja enfrentando deficiências na
Saúde, e que para isso vem sendo feitas parcerias com Hospitais de
municípios vizinhos como Messias Targino, Campo Grande, Patu, Caraúbas e
Frutuoso Gomes. Por sinal, o paciente em questão chegou a ser atendido
hoje pelo médico de Frutuoso, Dr. Licílio Jacome, mas a própria família
não quis deixá-lo internado. Segundo Estela, o ex-prefeito também não
fez qualquer encaminhamento do paciente, mas a família acabou sendo
convencida por técnicos da secretaria da necessidade de transferí-lo
para Mossoró, mas infelizmente ele não resistiu. "Nós estamos
funcionando com dois plantonistas, sendo que o médico hoje adoeceu e não
pode atender. A gente vem desde o inicio do ano nessa peleja, tentando
contratar médico pra cá, e encontramos Janduis com uma má fama de
pagamento aos médicos, e pegamos uma prefeitura com risco de perder duas
equipes de PSF porque os médicos não queriam vir pra cá”.
A irmã da prefeita acredita que Salomão Gurgel quis tirar proveito de
uma situação que ele mesmo implantou no município. “Salomão já fazia
algum tempo que ele não estava atendendo a população. Quando ele perdeu
as eleições, chegou a cobrar de seus pacientes uma taxa de 200 reais
para atender o povo. E durante seu mandato várias pessoas, inclusive um
tio meu morreu a míngua e ele não foi atender um paciente sequer no
hospital, durante os oito anos de seus mandatos. E porque somente hoje
ele quis atender no hospital?”, questionou Estela.
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