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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


 

Representantes do Femen fazem protesto contra Casa de Vidro

Seguindo o que disse em entrevista ao Terra, nesta terça-feira, jovem fez protesto no shopping Parque Santana Foto: Bruno Santos / Terra Seguindo o que disse em entrevista ao Terra, nesta terça-feira, jovem fez protesto no shopping Parque Santana
Foto: Bruno Santos / Terra
Bruno Santos
David Shalom
Direto de São Paulo

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Seguindo o que disseram em entrevista concedida ao portal Terra, integrantes brasileiras do grupo feminista Femen realizaram, na noite desta terça-feira (8), um protesto contra a Casa de Vidro, ambiente criado no shopping Parque Santana, na zona norte de São Paulo, para classificar os últimos dois participantes da 13ª edição do Big Brother Brasil.
Por volta das 21h30, Sara Winter, Anna Steel e Amanda Roseo-Alba chegaram ao local procurando mostrar discrição. No entanto, seguranças foram logo alertados para o propósito delas no centro de compras e as acompanharam passo a passo por seus corredores. Ao se aproximarem da Casa de Vidro, as três correram, cada uma para um lado, e tiraram as blusas, exibindo em seus corpos frases como "acorda povo".
Winter, Steel e Alba iniciaram o protesto apenas dez minutos depois de chegarem. Entre o desvio dos seguranças e a captura não se passou mais de 1 minuto. Após deixarem os seios à mostra, cada uma foi agarradas por profissionais da equipe, tendo as cabeças cobertas por um pano preto e sendo levadas ao chão. Na sequência, as três foram encaminhadas a uma sala. De lá pôde-se ouvir gritos indignados das garotas, posteriormente apreendidas por policiais militares e redirecionadas ao 72º DP, localizado na Vila Penteado, zona norte da capital paulista.
A assessoria de imprensa do shopping disse ao Terra que já estava ciente do protesto depois de ter sido divulgado pela imprensa e confirmou ter alertado os seguranças quando reconheceu as integrantes do grupo. "Mas eles ficaram apenas monitorando as meninas, tanto é que elas só agiram quando os profissionais da equipe não estavam por perto", ressaltou.
O assessor de Sara Winter afirmou desconhecer o desenrolar da detenção ocorrida após o protesto, já que os telefones celulares de suas clientes estavam impossibilitados de receber ligações - o Terra tentou contato com Sara Winter, mas o aparelho foi atendido por um homem, que o desligou na sequência. No entanto, ele disse que, na última ação do grupo, as meninas ficaram detidas apenas por cerca de "três ou quatro horas e logo foram liberadas".
Zoológico humano
No início da tarde desta terça, Sara Winter anunciou que ela e outras duas integrantes do Femen fariam, em frente à Casa de Vidro, um protesto com o objetivo de "despertar a reflexão das pessoas". A ativista explicou a ação, dizendo ter ficado espantada ao descobir que seis pessoas estavam expostas, 24 horas por dia, no meio de um shopping paulistano.
"É bizarro, parece um zoológico. Há uma mobilização nacional para esse tipo de programa, mas precisamos chamar a atenção para o povo brasileiro reagir a problemas muito mais relevantes, como os sistemas de saúde e educação, que estão falidos, além da fome e da miséria", disse ao Terra.
Winter ainda explicou que o motivo de fazerem topless no protesto é causar choque, cuja consequência, segundo ela, "estimula as pessoas a reagirem, a reservarem alguns segundos do dia para pensar. É um trabalho de longo prazo, pois é de mudança de cultura".
Fundado em Kiev, na Ucrânia, em 2008, o Femen ficou mundialmente conhecido por utilizar o topless de suas jovens integrantes para chamar a atenção para protestos contra o turismo sexual e o sexismo na sociedade. A organização diz ter como objetivos "desenvolver as lideranças, o intelecto e as qualidades morais das mulheres jovens na Ucrânia, a fim de construir a imagem do país como um lugar com grandes oportunidades para o sexo feminino".

 http://diversao.terra.com.br

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