Por Renato Deccache - renato.deccache@folhadirigida.com.br
Em 2012, não serão realizadas duas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como foi estabelecido no ano passado. O Ministério da Educação confirmou na tarde da última sexta, dia 20, que a primeira delas, prevista para 28 e 29 de abril, foi cancelada. O órgão também informou as datas da única prova que ocorrerá este ano: dias 3 e 4 de novembro.
A causa do cancelamento da primeira edição foi um levantamento da empresa contratada pelo MEC para cuidar da gestão de risco do exame nacional, a Modulo Security. O relatório, segundo nota divulgada pelo MEC, concluiu que a realização de duas provas sobrecarregaria a estrutura logística. Teriam sido consultadas as entidades envolvidas com a organização da prova, além de órgãos públicos que trabalharam no apoio ao Enem deste ano.
Bem antes, no entanto, já surgiram dúvidas sobre se o Enem de abril realmente aconteceria. No final de novembro, em encontro no Rio de Janeiro, o presidente da Fundação Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa, disse que seria difícil a prova ser realizada. Na ocasião, ele destacou que era preciso o MEC "resolver o problema dos pré-testes", que são testes aplicados a grupos de candidatos para a "calibragem" das questões a partir da Teoria da Resposta ao Item. A Fundação Cesgranrio compõe, ao lado do Cespe-UnB, o consórcio responsável pela parte de aplicação do Exame.
Este ano, problemas na realização dos pré-testes geraram nova confusão no Enem. As questões de uma dessas provas vazaram e foram passadas para o Colégio Christus, no Ceará. A instituição aplicou, dias antes da prova, um simulado com base nesse material e 14 das questões que estavam nele foram cobradas no Enem de 2011. O caso foi parar na Justiça e as questões foram anuladas para os alunos desta instituição.
No início de dezembro, a FOLHA DIRIGIDA publicou matéria ressaltando que, a cinco meses da prova de abril, ainda não havia qualquer informação sobre a avaliação, além das datas de prova. Só para que se possa traçar um paralelo, cinco meses antes do Enem de outubro, o edital já havia sido divulgado e as inscrições estavam prestes a serem iniciadas.
Na ocasião, a FOLHA DIRIGIDA procurou o Ministério da Educação para saber se já existiam as definições. Perguntado sobre o assunto após um evento em São Paulo, no início de novembro, o ministro Fernando Haddad recusou-se a falar sobre o Enem de abril. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a informação era de que o calendário estava mantido e que as informações só seriam divulgadas após o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
No início desta semana, outro indício de que a prova não aconteceria. Após a Justiça Federal acatar um pedido do Ministério Público Federal do Ceará para que todos os espelhos de prova fossem divulgados, Fernando Haddad afirmou que o Enem de abril não estava confirmado, pois seria
impossível, para o MEC, fornecer os espelhos de correção da redação para todos os candidatos, conforme havia sido estabelecido no Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o MEC e o Ministério Público Federal, no segundo semestre de 2011.
A proposta era, a partir de 2012, realizar duas edições do Enem por ano e, progressivamente, aumentar esse número. Isto para permitir que as edições registrassem números menores de inscritos e que os candidatos tivessem mais oportunidades de fazer a prova ao longo do ano. A expectativa é de que, a partir do ano que vem, possam ser realizadas, pelo menos, duas edições.
A causa do cancelamento da primeira edição foi um levantamento da empresa contratada pelo MEC para cuidar da gestão de risco do exame nacional, a Modulo Security. O relatório, segundo nota divulgada pelo MEC, concluiu que a realização de duas provas sobrecarregaria a estrutura logística. Teriam sido consultadas as entidades envolvidas com a organização da prova, além de órgãos públicos que trabalharam no apoio ao Enem deste ano.
Bem antes, no entanto, já surgiram dúvidas sobre se o Enem de abril realmente aconteceria. No final de novembro, em encontro no Rio de Janeiro, o presidente da Fundação Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa, disse que seria difícil a prova ser realizada. Na ocasião, ele destacou que era preciso o MEC "resolver o problema dos pré-testes", que são testes aplicados a grupos de candidatos para a "calibragem" das questões a partir da Teoria da Resposta ao Item. A Fundação Cesgranrio compõe, ao lado do Cespe-UnB, o consórcio responsável pela parte de aplicação do Exame.
Este ano, problemas na realização dos pré-testes geraram nova confusão no Enem. As questões de uma dessas provas vazaram e foram passadas para o Colégio Christus, no Ceará. A instituição aplicou, dias antes da prova, um simulado com base nesse material e 14 das questões que estavam nele foram cobradas no Enem de 2011. O caso foi parar na Justiça e as questões foram anuladas para os alunos desta instituição.
No início de dezembro, a FOLHA DIRIGIDA publicou matéria ressaltando que, a cinco meses da prova de abril, ainda não havia qualquer informação sobre a avaliação, além das datas de prova. Só para que se possa traçar um paralelo, cinco meses antes do Enem de outubro, o edital já havia sido divulgado e as inscrições estavam prestes a serem iniciadas.
Na ocasião, a FOLHA DIRIGIDA procurou o Ministério da Educação para saber se já existiam as definições. Perguntado sobre o assunto após um evento em São Paulo, no início de novembro, o ministro Fernando Haddad recusou-se a falar sobre o Enem de abril. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a informação era de que o calendário estava mantido e que as informações só seriam divulgadas após o Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
No início desta semana, outro indício de que a prova não aconteceria. Após a Justiça Federal acatar um pedido do Ministério Público Federal do Ceará para que todos os espelhos de prova fossem divulgados, Fernando Haddad afirmou que o Enem de abril não estava confirmado, pois seria
impossível, para o MEC, fornecer os espelhos de correção da redação para todos os candidatos, conforme havia sido estabelecido no Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o MEC e o Ministério Público Federal, no segundo semestre de 2011.
A proposta era, a partir de 2012, realizar duas edições do Enem por ano e, progressivamente, aumentar esse número. Isto para permitir que as edições registrassem números menores de inscritos e que os candidatos tivessem mais oportunidades de fazer a prova ao longo do ano. A expectativa é de que, a partir do ano que vem, possam ser realizadas, pelo menos, duas edições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário