Aristides Santos destaca que agricultura familiar quer reforma agraria de volta na pauta do governo
Provas disso são os trabalhadores rurais, que realizaram uma marcha unificada e um seminário no segundo semestre deste ano, provavelmente em agosto, em Brasília, e buscam no congresso o apoio de outras organizações.
A mobilização contará com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e com a Via Campesina, além de outros representantes dos movimentos sociais.
“A reforma agrária saiu definitivamente da pauta do governo federal e vamos ter que lutar para que ela retorne. Para isso, estamos discutindo uma ação conjunta que vai culminar com um momento de reflexão, debate e formulação política”, comenta Aristides dos Santos, secretário de Administração e Finanças da Contag.
Para a coordenadora da Fetraf, Elisângela Araújo, somente a unidade é capaz de fazer o governo investir como deve na agricultura familiar.
“Quando temos unidade, há maior condição de enfrentamento, prova disso foi a discussão sobre o endividamento resultante dos prejuízos com a produção por causas naturais. Somente quando apresentamos um documento conjunto o governo sentou e instalou uma mesa. Ainda não resolve a situação, mas já começa a dar um tratamento”, aponta.
Elisângela aponta que apenas mobilização conjunta fará governo avançar em políticas para agricultura familiar
Aproximação - Tanto Contag quanto Fetraf ressaltam que inserir a pauta dos trabalhadores rurais na agenda geral da CUT é uma das prioridades no CONCUT.
“Cada vez mais a CUT precisa aproximar os mundos urbano e rural, para que compreendam e conheçam mais um ao outro. Temos essa condição e, inclusive, a possibilidade de crescer no campo onde há ainda muitos sindicatos que não fizeram opção por central sindical. Temos também a tarefa de trazer de volta a Contag para a CUT”, citou Santos.
Construção na luta
Para os operários da construção civil a situação não é diferente. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e da Madeira (Conticom), ressaltam a importância do ramo a partir das conquistas e, diante disso, querem participar ativamente das decisões que nortearão as lutas.
Claudinho: na construção, momento é de reorganizar as bases
O dirigente destaca que a presença das principais lideranças no congresso permite a reestruturação que começa no início do próximo ano. “A maior parte das datas-base está no primeiro semestre, então, a segunda metade do ano é um período de reestruturação e de reorganização. Temos pela frente uma eleição em Três Lagoas, segunda cidade do Mato Grosso do Sul, onde apoiamos a chapa da oposição que tem grandes chances de vitória. Também estamos reconstruindo a organização da pesada no Amapá e preparando o sindicato em Laranjal de Jari, no interior desse estado, para ser mais uma entidade CUTista. Sem deixar de lado a luta na capital paulista.”
Portanto, o final do Congresso representa apenas o recomeço da luta. http://www.cut.org.br
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