Cerca de 20 mil professores da rede pública estadual de São Paulo ocupam a Avenida Paulista na tarde desta sexta-feira (19), primeiro dia da greve da categoria. Os docentes ratificaram a paralisação em uma assembleia realizada embaixo do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Protesto atrai cerca de 20 mil segundo Apeoesp / Foto: Julia Basso Viana/G1
Com um carro de som, por volta das 16h30 os manifestantes seguiram em passeata em direção à Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação.
Entre as reivindicações dos professores, estão reajuste salarial de 36,74%, mudanças no sistema de contratação de uma categoria de professores temporários (chamado de categoria 'O'), e respeito ao cumprimento de no mínimo 33% da jornada de trabalho para atividades de formação e preparação de aulas, que consta na Lei Nacional do Piso. O governo nega a irregularidade, afirmnando que o salário de São Paulo é superior ao que determina a lei.
Nesta semana, o Estado anunciou ampliação do reajuste deste ano, de 6%, acordado em 2011, para 8,1%. Ou seja, os 6% são referente ao acordo coletivo das perdas referentes à 2011, que foi parcelada em quatro vezes – para serem pagas em 2011, 2012, 2013 e 2014. Segundo a vice-presidenta da Apeoesp, o sindicato da categoria, Francisca Pereira da Rocha Seixas, "o governo anuncia um índice que na prática não é".
"Em 2011 anunciou 42% mas não disse à população que nesses 42% tinha a incorporação de uma gratificação geral, que os professores já recebiam, e a terceira parcela de outra gratificação por atividade do magistério, que os professores também já recebiam. Logo não recuperou o poder de compra do professores", declarou Francisca Seixas à Rádio Vermelho.
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