Hoje (17) é o Dia Internacional de Combate à Homofobia.
Para não deixar a data passar em branco, militantes do movimento LGBT e
outros setores da sociedade realizaram ontem um ato público em frente
ao Palácio do Planalto, para pedir a criminalização do preconceito e da
violência contra os homossexuais. O evento foi apoiado pela CNTE,
através de seu coletivo LGBT. Na terça (15), um seminário no Senado
abordou o temaHomofobia tem Cura: Educação e Criminalização.
O debate realizado no auditório Petrônio
Portela do Senado Federal envolveu representantes da sociedade civil e
parlamentares. Os movimentos LGBT e de defesa dos direitos humanos lutam
pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara n° 122, que criminaliza
qualquer ato de discriminação ou preconceito relacionado a gênero ou
orientação sexual. A proposta é considerada um mecanismo essencial para
combater os elevados índices de violência. Hoje o Brasil já é o país com
o maior número de assassinatos motivados por homofobia no mundo.
Durante o seminário, vítimas de
agressões e familiares de homossexuais assassinados em atos homofóbicos
deram seu testemunho, o que permitiu aos participantes ter a dimensão do
nível de crueldade envolvendo esses crimes. O diretor do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) e membro
do Coletivo LGBT da CNTE, Cristovam Mendonça, relatou o episódio do
estudante Roliver de Jesus dos Santos. Em fevereiro passado, com apenas
12 anos, o adolescentes se suicidou após ser vítima de homofobia na
escola municipal que frequentava, em Vitória. "O caso do pequeno Roliver
fragilizou toda a rede estadual e municipal de ensino, que não sabe o
que dever ser feito em casos assim", afirmou Cristovam.
O representante do Sindiupes cobrou dos parlamentares a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia, para ajudar professores e escolas a evitar que mais casos como este ocorram. "Temos que mostrar a nossos senadores e deputados que eles não foram eleitos para governar para um grupo específico, mas para todos os brasileiros, independente de suas orientações sexuais", disse.
Campanha
A CNTE está promovendo a campanha
"Educação sem homofobia". A entidade disponibilizou um jornal-mural
sobre as atividades e discussões em torno da III Marcha de Combate à
Homofobia. A publicação ainda traz informações sobre o Dia Internacional
de Combate à Homofobia, o PLC 122 e os avanços nas políticas de combate
ao preconceito. Baixe o material clicando aqui.
Os números da discriminação
• 10% da população brasileira (18 milhões de pessoas) sofrem como a homofobia
• 44% dos assassinatos de homossexuais ocorrem no Brasil
• 266 homicídios de gays, lésbicas e travestis foram registrados no país, só no ano passado.
• A cada 33 horas um homossexual foi brutalmente assassinado no Brasil em 2001.
Fonte: Grupo Gay da Bahia (GGB)
• 44% dos assassinatos de homossexuais ocorrem no Brasil
• 266 homicídios de gays, lésbicas e travestis foram registrados no país, só no ano passado.
• A cada 33 horas um homossexual foi brutalmente assassinado no Brasil em 2001.
Fonte: Grupo Gay da Bahia (GGB)
(CNTE, 15/05/12, atualizado em 17/05/12)
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