A Marcha para Jesus do Rio de Janeiro começou às 14h40 deste sábado,
com sete trios elétricos e milhares de fiéis percorrendo ruas e avenidas
do Centro da cidade. O percurso começou na Central do Brasil e se
estende até a Cinelândia.
Neste ano, de acordo com o pastor Silas Malafaia, a marcha ressalta os
temas: as liberdades de expressão e religiosa, a vida e a família
tradicional.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 mil pessoas compareceram ao evento.
Os fiéis e os trios, onde se apresentam diversos cantores e grupos
evangélicos, percorrem as avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, além
da Praça Mahatma Gandhi, na Cinelândia. No início da festa gospel houve
chuva de papel picado e explosão de fogos de artifício.
“O bacana desta marcha é ser uma festa do povo evangélico de tudo que é
igreja. Não tem gente só da minha igreja, mas de várias, e todos os
fiéis estão com muita vibração”, ressaltou Malafaia, que participa há 17
anos da Marcha para Jesus.
Este ano, de acordo com organizadores, mais de 300 ônibus trouxeram
evangélicos de vários bairros do Rio, da Baixada Fluminense e das
regiões dos Lagos e Serrana.
Discurso e orações
Ao longo do trajeto, um grito cantado por milhares de fiéis ecoou no
Centro do Rio: “Governador, autoridades, é Jesus Cristo quem comanda
essa cidade". Durante o percurso, membros de igrejas evangélicas fizeram
discursos contra a corrupção, adultério, pedofilia e prostituição.
Na chegada à Cinelândia, o pastor Silas Malafaia criticou o Projeto de
Lei 122, que criminaliza atos discriminatórios contra homossexuais.
Apesar de ser contrário ao projeto que tramita no Congresso Nacional, o
pastor enfatizou que “não tem nada contra a prática do homossexualismo” e
que “cada um segue o que quer ser".
“A marcha está fazendo um protesto contra a PL 122, a dita lei da
homofobia, mas que, para nós é uma lei do privilégio. É uma lei para
botar mordaça na sociedade para ninguém expressar opinião contra os
homossexuais. Esse projeto de lei fere a constituição afirmando que, se
um homossexual se sentir constrangido, filosoficamente ou
ideologicamente, pode levar a pessoa que o constrangeu a pegar cinco
anos de cadeia”, falou Malafaia.
Jornal Dia a Dia
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